Flavio Shiró

Flavio Shiró - Sem Título

Sem Título

técnica mista sobre papel
1983
65 x 49 cm
assinatura sup. esq.
Participou da exposição: "A Realidade Máxima das Coisas", com curadoria de Jacob Klintowitz, na Galeria Frente, de 16 de março a 01 de junho de 2024. Reproduzido no catálogo da mostra pág. 20 e 21.
Flavio Shiró - Sem Título

Sem Título

guache sobre papel colado em madeira
déc. 60
50 x 65 cm
assinatura inf. dir.
Participou da exposição: "A Realidade Máxima das Coisas", com curadoria de Jacob Klintowitz, Galeria Frente, 2024. Reproduzido no catálogo da mostra, p. 18.

Flavio Shiró (Sapporo, Japão 1928)

Pintor, gravador, desenhista e cenógrafo.

Chega ao Brasil em 1932, e instala-se com a família numa colônia japonesa em Tomé-Açu, no Pará. Reside em São Paulo a partir de 1940. Estuda na Escola Profissional Getúlio Vargas, onde conhece Octávio Araújo (1926), Marcelo Grassmann (1925) e Luiz Sacilotto (1924 - 2003). Freqüenta o Grupo Santa Helena por volta de 1943, e tem contato com Alfredo Volpi (1896 - 1988) e Francisco Rebolo (1902 - 1980), entre outros. Em 1947, integra o Grupo Seibi. No ano seguinte, trabalha na molduraria do pintor Tadashi Kaminagai (1899 - 1982). Com bolsa de estudo, viaja a Paris, onde permanece de 1953 a 1983. Estuda mosaico com Gino Severini (1883 - 1966), gravura em metal com Johnny Friedlaender (1912 - 1992) e litografia na École National Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes]; e freqüenta o ateliê de Sugai e Tabuchi. Na década de 1960, participa do movimento artístico brasileiro e integra o Grupo Austral (Movimento Phases) de São Paulo. Dedica-se à abstração informal, desde a década de 1950. A partir dos anos 1970, suas telas apresentam sugestões de figuras, por vezes seres fantásticos ou monstruosos. Em 1990, é publicado o livro Flávio-Shiró, pela editora Salamandra. A exposição Trajetória: 50 Anos de Pintura de Flavio-Shiró é apresentada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ e no  Hara Museum of Contemporary Art, em Tóquio, em 1993, e no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, em 1994.

Comentário Crítico

Após iniciar sua carreira com obras figurativas, de caráter expressionista, Flávio-Shiró dedica-se à abstração informal a partir da década de 1950. Cria obras nas quais se destacam a gestualidade da pincelada e as superfícies carregadas de matéria, empregando freqüentemente o negro e cores escuras ou neutras.

No início dos anos 1960, Shiró deixa surgir uma possibilidade de desenho em quadros nos quais passa gradativamente a utilizar planos de fundo claros, em contraste com as imagens escuras. Em algumas telas, apresenta formas orgânicas, aproximando-se da figuração, como em Delfica (1963). Como nota o crítico de arte Reynaldo Roels Jr., desde os anos 1970, o foco central de suas telas se desloca para a figura, mesmo que ela não seja facilmente discernida. A partir de então, as figuras, muitas vezes sugestões de seres fantásticos ou monstruosos, aparecem com toda força em suas telas, em contextos abstratos.

Shiró trabalha com a consciente ambigüidade entre figuração e abstração. Destacam-se em seus quadros a paleta contida, as texturas elaboradas e o equilíbrio entre grafismos e mancha cromática. Para Roels Jr., Shiró é um artista que aborda contradições inerentes à pintura contemporânea, como abstração e representação, e objetividade e subjetividade.

Críticas

"Flavio-S. Tanaka, na simetria e fugitividade de seus quadros melhor realizados, demonstra o mesmo imediatismo e conexão de idéias e execução da arte extremo-oriental. O preto, que nos quadros atmosféricos vimos de preferência posto em relevo pelo uso de brancos, é um elemento sempre vital: 'Organizo instintivamente a composição com tinta preta, necessidade ou preferência que talvez explique pela minha origem japonesa'. De fato, essa cor (às vezes combustão) desempenha uma importância especial na estrutura da tela, estrutura que o artista procura dissimular. Podemos, entretanto, observar o seu essencial germinado no próprio ato de pintar como action painting. Uma longa horizontal ou um breve e vertiginoso vetor, curvas ou linhas quebradas são todos elementos de estabilidade e controle na policromia dionisíaca do conjunto. 
(...) Ele pertence a uma geração efervescente, de alternativas difíceis e mesmo cruciais a esta altura do século, chamada a suceder a esplêndida floração de caracteres complexos e heterogêneos da categoria de Frautrier e Fontana, de Pollock e Dubuffet".
Walter Zanini
FLÁVIO-SHIRÓ. Rio de Janeiro: Salamandra, 1990. p.170

"(...) A pintura deste japonês, transportado desde os seus primeiros anos para o coração do meio geográfico e étnico brasileiro, aparece, com efeito, profundamente sul-americana, pela inspiração, enquanto todo o orientalismo nele está ausente. Apenas, pode-se assinalar seu gosto pela linha, a rapidez do desenho e seu calor expressivo. 
Este desenho não foi colocado, como em certos japoneses, a serviço de uma atitude filosófica. Evidencia uma forma vigorosa de realismo marcado por uma subjetividade soberana. 
Flavio-Shiró atinge por um estilo que se poderia qualificar de 'realismo lírico não figurativo'. Não é a paisagem que se encontra nas raízes de cada uma das suas composições, mas a lembrança global da natureza brasileira, com sua vegetação, sua fauna e sempre uma presença humana consciente de sua impotência diante dos fenômenos da vida, mas espectadora vigilante, pronta a lhe interpretar o valor sugestivo, simbólico e poético. 
Cada pintura de Flavio-Shiró é uma transposição total que se recusa aos artifícios da análise, reduz os efeitos da composição e tende uma expansão total e direta. 
Este novo frisson que ele nos faz experimentar a contribuição autêntica de Flavio-Shiró à Escola de Paris e nela é o primeiro representante significativo da jovem pintura brasileira".
Georges Boudaille
BOUDAILLE, Georges. Flávio-Shiró e a realidade brasileira.  In: FLÁVIO-SHIRÓ. Rio de Janeiro: Salamandra, 1990. p.171.

"Flavio-Shiró tem meio século de pintura. Em todo esse tempo, vem realizando sua obra à margem dos modismos temáticos e formais, determinando ele mesmo seu ritmo de trabalho, longe das imposições do mercado e da mídia. É um artista que fez de seu ateliê um território sagrado, guardando uma atmosfera quase religiosa. Esse comportamenteo não significa um alheamento das coisas do mundo, inclusive da política, da economia e da tecnologia, mas sem dúvida o que prevalece, no seu fazer criador, é a visão humanista de arte. Um humanismo recatado, que nada tem de panfletário ou demagógico. 
Nenhuma obra de arte, independente da experiência particular de vida que ela transmite, nasce fora da história da arte tampouco vive isolada e intocada num céu platônico. Se a arte é uma forma de experimentar o mundo, ela estará sempre contaminada pela vida. Cada uma das telas de Shiró carrega o peso da história da arte e da cultura. Não me refiro ao modismo das citações ou às homenagens oportunistas, apenas intuo, na estrutura cruciforme de uma de suas telas recentes, a presença fugidia de Grunewald, em outras, o páthos barroco ou a transcendência gótica, em outras, ainda, algumas reminiscências da Pré-História. Sem nunca ter-se desligado do lado oficinal da criação, o que o leva muitas vezes a fabricar seus próprios materiais de pintura ou desenho e a superpor diversas técnicas, que resultam numa matéria rica e atraente. Flavio-Shiró é um artista erudito. Em suas obras, ele dialoga com a arte do presente e do passado, com o informalismo e a nova figuração, com pintura veneziana e o maneirismo espanhol e, também, com Freud e a mitologia grega, com Jean Genet e Win Wenders, com o melhor teatro e a melhor literatura. As exposições e filmes que vê, os livros que lê, as peças de teatro a que assiste, as viagens que realiza a tantos lugares diferentes, a memória profunda de fatos e situações vividas em três continentes, a natureza e a luminosidade brasileiras, e mais a rica experiência do cotidiano que vem se somar à atividade incessante do inconsciente, formam o cadinho cultural que vai alimentar sua obra pictórica, o substrato que serve de base para as indagações que, através da pintura, ele está continuamente fazendo ao mundo".
Frederico Morais
MORAIS, Frederico. Flávio-Shiró: indagação e silêncio. In: FLAVIO-SHIRÓ. Flávio-Shiró. São Paulo: Galeria Nara Roesler, 1999. s.p.

Depoimentos

"RAÍZES

Sou como a figueira brava, ligado a três continentes por raízes aéreas: suas seivas complementares e de contraste me alimentam. 
As raízes do sugui, presas aos flancos das montanhas do meu Japão nativo, vão bem cedo juntar-se às da gigantesca samaúma da Amazônia da minha infância.

Foi lá que minha memória despertou e que comecei a participar de uma violenta mutação. 
Fascinado, vejo de perto o mundo que se revela. 
A jibóia enlaça sua presa, esmaga-a e depois a engole. 
A aranha caranguejeira salta sobre um passarinho. 
Hordas de escorpiões, ferrões armados, agitam-se de um lado para o outro como samurais, numa crepitação venenosa. 
Sapos gigantes incham e destilam venenos quando são tocados. Lá estão, copulando à sombra de uma palmeira. A goiabeira está em festa com a metamorfose das borboletas. Os perfumes embriagadores do bacuri e do cupuaçu misturam-se ao cheiro da mandioca fermentada. Sol a pino. 
Tremo: malária.

O Rio Amazonas corre lento e imenso. 
O tempo corre também. Estou em São Paulo, cidade ainda adolescente. 
Foi lá que nasceu meu amor pela pintura. Sentado no telhado, pinto minha primeira paisagem. 
O mundo está em guerra. O Brasil é um oásis. 
Juventude, tempo de batalhas. De sonhos também: Paris.

Um belo dia encontro-me lá. De pé sobre a plataforma do ônibus verde, maravilhado, vejo desfilar os bulevares de plátanos e castanheiras, os quiosques e os mictórios. Os vendedores ambulantes enchem o ar com seus gritos. O cantor-acordeonista toca a musette esperando que as moedas caiam do céu. De repente, uma greve. Tudo parou. Os montes de lixo começam a esconder o outro lado da rua. A multidão desfila: manifestações. Nos cafés discute-se abstração enquanto morre o existencialismo. A Cantora Careca estréia numa cave.

Guerras e guerrinhas. Acelera-se a revolução tecnológica. O céu se carrega de ferragens sofisticadas. A espada de Dâmocles torna-se cada vez mais pesada. 
Vivo, amo, sofro, pinto, exponho, evoluo.

Percebo que as raízes da minha figueira-brava infiltravam-se também nos interstícios das pedras do Marais. 
No meu jardim a seiva da primavera acorda as roseiras selvagens".
Flavio-Shiró
Texto do catálogo de exposição, Paris, 1983
FLÁVIO-SHIRÓ. Rio de Janeiro: Salamandra, 1990. p. 34.

Acervos

Ville de Paris - França
Fonds National D'Art Contemporain - França
Hara Museum of Contemporary Art - Tóquio (Japão)
Museu de Arte Moderna - Havana (Cuba)
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP
Museu de Arte de São Paulo - MASP
Museu de Arte Moderna de Salvador - MAM/BA
Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp

Exposições Individuais

1950 - Rio de Janeiro RJ - Primeira individual, na Enba
1952 - São Paulo SP - Individual, no Clube Cerejeira
1956 - Paris (França) - Individual, na Galeria Arnaud
1959 - Paris (França) - Individual, na Galeria Arnaud
1959 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1959 - São Paulo SP - Individual, na Galeria São Luís
1960 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
1962 - Paris (França) - Individual, na Galerie H.Legendre
1963 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1963 - Salvador BA - Individual, na Galeria Querino
1963 - São Paulo SP - Individual, na Faap
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1969 - Bruxelas (Bélgica) - Individual, na Galerie Arcanes  
1973 - Paris (França) - Individual, na Galeria L'Oeil de Boeuf
1974 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1974 - São Paulo SP - Pastels de Flavio-Shiró, na Galeria Arte Global
1975 - Washington (Estados Unidos) - Individual, no Brazilian-American Cultural Institute
1977 - Paris (França) - Individual, na Galerie L'Oeil de Boeuf  
1978 - São Paulo SP - Individual, no Gabinete de Arte
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1983 - Paris (França) - Individual, na Espace Latino-Américain
1983 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1983 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1985 - São Paulo SP - Flavio-Shiró: pinturas, na Galeria de Arte São Paulo
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1989 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1993 - Bourges (Bélgica) - Individual, na Maison de La Culture
1993 - Rio de Janeiro RJ - Trajetória: 50 anos de pintura de Flavio-Shiró, no MAM/RJ 
1993 - Tóquio (Japão) - Trajetória: 50 anos de pintura de Flavio-Shiró, no Hara Museum of Contemporary Art
1994 - São Paulo SP - Trajetória: 50 anos de pintura de Flavio-Shiró, no Masp - prêmio retrospectiva
1998 - Niterói RJ - Flávio-Shiró na Coleção João Sattamini e Obras Recentes, no MAC/Niterói
1999 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Nara Roesler
2003 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Nara Roesler
2008 - São Paulo SP - Flavio-Shiró: pintor de três mundos: 65 anos de trajetória, no Instituto Tomie Ohtake
2008 - Belém PA - Flavio-Shiró: pintor de três mundos: 65 anos de trajetória, no Museu Casa das Onze Janelas
2008 - Belém PA - Trajetória de Tomé-Açu ao Mundo, no Museu Casa das Onze Janelas
2008 - Rio de Janeiro RJ - Flavio-Shiró: pintor de três mundos: 65 anos de trajetória, no Centro Cultural Correios

Exposições Coletivas

1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia - 4º Prêmio Lunardelli
1949 - Rio de Janeiro RJ - 55º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de bronze
1951 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Naturezas Mortas, no Serviço de Alimentação e Previdência Social
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1952 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Arte Moderna
1952 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artistas Brasileiros, no MAM/RJ
1952 - São Paulo SP - 1º Salão do Grupo Seibi de Artistas Plásticos, no Clube Sakura
1952 - São Paulo SP - 1º Salão Sebikai - medalha de ouro
1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1956 - Paris (França) - Divergences, na Galerie Arnaud
1956 - Paris (França) - Les Arts en France et dans le Mond, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1957 - Amsterdã (Holanda) - Divergences, no Stedelijk Museum Amsterdam
1957 - Nantes (França) - Festival d'Art d'Avant-Garde, no Museu Nacional de Arte Moderna de Paris. Centro de Criação Industrial 
1957 - Paris (França) - Salon Comparaisons, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1957 - Paris (França) - Divergences, na Galerie Arnaud  
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1957 - Schiedam (Holanda) - Divergences, no Stedelijk Museum
1958 - Cleveland (Estados Unidos) - Eight Painters, na Howard Wise Gallery 
1958 - Paris (França) - Divergences, na Galerie Arnaud
1958 - Paris (França) - Salon Réalités Nouvelles, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa 
1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, no Kunsthaus. 
1959 - Paris (França) - Antagonismes, no Musée des Arts Decoratifs
1959 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa  
1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa  
1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa  
1960 - Nova York (Estados Unidos) - Guggenheim International Award, no Museu Guggenheim
1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa 
1960 - Santiago (Chile) - Arte Brasileira
1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa 
1961 - Paris (França) - 2ª Bienal de Paris - Prêmio Aquisição Cidade de Paris e prêmio internacional de pintura
1961 - Paris (França) - Salon Réalités Nouvelles, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - Paris (França) - Exposition d'Art Latino Americain à Paris, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris de la Ville de Paris
1963 - Belo Horizonte MG - Salão de Belas Artes da Cidade de Belo Horizonte - 1º prêmio
1963 - Paris (França) - 7 Artistes Brésiliens de L'Ecole de Paris, na Galerie XX Siècle
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1964 - Paris (França) - Du General au Particulier, na Galerie Houston Brown
1964 - Paris (França) - Salon Comparaisons, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1964 - Rio de Janeiro RJ - Nova Figuração: Escola de Paris, na Galeria Relevo
1965 - Paris (França) - Oito Laureados da Bienal de Paris, na Galerie Françoise Ledoux
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Tóquio (Japão) - Nippo-Brazilian Paintings Today, na Embaixada do Brasil 
1966 - Havana (Cuba) - Pinturas da América Latina, na Casa de las Americas
1966 - Madri (Espanha) - Pintura Redonda
1966 - Paris (França) - Salon Comparaisons, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1966 - São Paulo SP - Meio Século de Arte Nova, no MAC/USP
1966 - São Paulo SP - Artistas Nipo-Brasileiros, no MAC/USP
1967 - Paris (França) - Salon Réalités Nouvelles, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1968 - Campo Grande MS - 28 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Galeria do Diário da Serra
1968 - Córdoba (Argentina) - Bienal de Córdoba
1968 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Tema Galeria de Arte
1969 - Fortaleza CE - 28 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Centro de Artes Visuais Raimundo Cela
1969 - Noruega - Art Latin-American: Scandinavia
1969 - Suécia - Art Latin-American: Scandinavia
1969 - Dinamarca - Art Latin-American: Scandinavia
1969 - São Paulo SP - 19 Artistas Nipo-Brasileiros, no MAC/USP
ca.1970 - Roma (Itália) - Vision 24, no Instituto Italo latino-americano
1970 - Barcelona (Espanha) - Artistas Latino-Americanos de Paris, na Sala Gaudí
1970 - Londres (Inglaterra) - Bertrand Ruussel Centenary Internacional Art Exhibition
1970 - Poitiers (França) - 117 Dessins et Gravures de Peintres Latino-Américains, no Centre Culturel
1970 - Roma (Itália) - Vision 24, no Instituto Ítalo-Latino-Americano
1970 - São Paulo SP - Pinacoteca do Estado de São Paulo 1970
1972 - São Paulo SP - 6ª Jovem Arte Contemporânea, no MAC/USP
1973 - Darmstadt (Alemanha) - Neue Darmstadter Sezession
1974 - Cagnes-sur-Mer (França) - Festival Internacional de Peinture - prêmio nacional de pintura 
1974 - Paris (França) - Salão de Maio, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1978 - Menton (França) - Bienal de Menton
1978 - Paris (França) - Jeune Peinture, na Galeries Nationales du Grand Palais
1978 - Paris (França) - Les Huns, no Centre National d'Art Contemporain
1978 - São Paulo SP - 3 Gerações de Artistas Nipo-Brasileiros, na Galeria Arte Global
1978 - São Paulo SP - 19 Pintores, no MAM/SP
1981 - Osaka (Japão) - Exposição Latino-Americana de Arte Contemporânea Brasil/Japão, no National Museum of Art
1982 - Paris (França) - L'Amérique Latine à Paris, no Grand Palais
1982 - Rio de Janeiro RJ - Entre a Mancha e a Figura, no MAM/RJ
1982 - Veneza (Itália) - Artistas Latino-Americanos, no Museu de Arte Moderna
1983 - Paris (França) - L'Amerique Latine à Paris, na Galeries Nationales du Grand Palais
1983 - São Paulo SP - Projeto Releitura, na Pinacoteca do Estado
1984 - Havana (Cuba) - 1ª Bienal de Havana, no Museo Nacional de Bellas Artes
1984 - Paris (França) - Salon Comparaisons, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobrás
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1985 - São Paulo SP - Artistas Japoneses na Coleção do MAC, no MAC/USP
1985 - São Paulo SP - Artistas Latino-Americanos de Paris, no MAC/USP
1986 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura, no Paço Imperial - 2º prêmio
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Pensão Maúa e Hotel Internacional, na Galeria de Arte Banerj
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1988 - Belém PA - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras, na Fundação Romulo Maiorana
1988 - Brasília DF - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras  
1988 - Curitiba PR - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras, no MAC/PR
1988 - Manaus AM - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras, na Pinacoteca do Estado
1988 - Porto Alegre RS - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras, no Margs
1988 - Recife PE - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras, na Fundação Joaquim Nabuco. Instituto de Cultura  
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
1988 - São Paulo SP - Vida e Arte dos Japoneses no Brasil, no Masp
1988 - São Paulo SP - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras, no MAB/Faap
1989 - Recife PE - Jogo de Memória  
1989 - Rio de Janeiro RJ - Herança do Japão: aspectos das artes visuais nipo-brasileiras, no MNBA
1989 - Rio de Janeiro RJ - Jogo de Memória, na Montesanti Galleria
1989 - Rio de Janeiro RJ - Rio Hoje, no MAM/RJ
1989 - São Paulo SP - 20ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - Prêmio Itamaraty
1989 - São Paulo SP - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP - premiado
1989 - São Paulo SP - Jogo de Memória, na Galeria Montesanti Roesler
1990 - Atami (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1990 - Brasília DF - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1990 - Grenoble (França) - Façades Imaginaires
1990 - São Paulo SP - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea, na Fundação Brasil-Japão 
1990 - Sapporo - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1990 - Tóquio (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea
1992 - Curitiba PR - 10ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, no Museu da Gravura
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ - premiado
1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA
1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno Brasileiro: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria de Arte do Sesi
1993 - São Paulo SP - Obras para Ilustração do Suplemento Literário: 1956-1967, no MAM/SP
1994 - Frankfurt (Alemanha) - A Espessura do Signo: desenho brasileiro contemporâneo, no Karmeliter Kloster
1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1996 - Rio de Janeiro RJ - O Grito, no MNBA
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo do MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1997 - Barra Mansa RJ - O Museu Visita a Galeria, no Centro Universitário de Barra Mansa
1997 - São Paulo SP - Phases: surrealismo e contemporaneidade - Grupo Austral e Cone Sul, no MAC/USP
1998 - Belo Horizonte MG - Mostra Internacional Itinerante Japão-Brasil, na Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes
1998 - Ipatinga MG - Mostra Internacional Itinerante Japão-Brasil
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - Rio de Janeiro RJ - Uma Visão da Arte Contemporânea, no MNBA
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1998 - São Paulo SP - São Paulo: visão dos nipo-brasileiros, no Museu Lasar Segall
1998 - São Paulo SP - Afinidades Eletivas I: o olhar do colecionador, na Casa das Rosas
1999 - Bath (Inglaterra) - Into the Light, na Royal Academy of Photography
1999 - Brasília DF - Mostra Internacional Itinerante Japão-Brasil, no Ministério das Relações Exteriores
1999 - Niterói RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu do Ingá
1999 - Paris (França) - Arte Latino-Americana, na Unesco
1999 - Paris (França) - Feira Internacional de Arte Contemporânea - Fiac
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura: Chagall, Daumier, Derain, Miró, Shiró e Acervo Banerj, na Casa Fança-Brasil
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Coleção Armando Sampaio: gravura brasileira, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian
1999 - São Paulo SP - Mostra Internacional Itinerante Japão-Brasil, no Masp
2000 - São Paulo SP - Almeida Júnior: um artista revisitado, na Pinacoteca do Estado
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Obra Nova, no MAC/USP
2000 - São Paulo SP - Diálogo: arte contemporânea Brasil/Equador, no Memorial da América Latina. Galeria Marta Traba
2000 - Quito (Equador) - Diálogo: arte contemporânea Brasil/Equador, no Centro Cultural Puce
2001 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Antônio Carlos Jobim, no Paço Imperial
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
2001 - São Paulo SP - Arte Nipo-Brasileira: momentos, na Galeria Euroart Castelli
2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no MAC/Niterói  
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - Portão 2, na Galeria Nara Roesler
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB 
2003 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira: da Revolução de 30 ao pós-guerra, no Museu de Arte Moderna
2003 - Rio de Janeiro RJ - Autonomia do Desenho, no Museu de Arte Moderna
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, no Almacén Galeria de Arte  
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake
2004 - Campinas SP - Coleção Metrópolis de Arte Contemporânea, no Espaço Cultural CPFL
2004 - Niterói RJ  - Modernidade Transitiva, no MAC/USP
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no MNBA
2004 - São Paulo SP - Abstração como Linguagem: perfil de um acervo, no Pinakotheke
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira 1951/2002, na Galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - Cinqüenta 50, no Museu de Arte Moderna
2004 - Curitiba PR - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira: exposição comemorativa dos 90 anos da artista, no Museu Oscar Niemeyer
2005 - São Paulo SP - Arte em Metrópolis, no Instituto Tomie Ohtake
2005 - São Paulo SP - Dor, Forma, Beleza: a representação criadora da experiência traumática, naEstação Pinacoteca
2005 - São Paulo SP - Odorico Tavares: a minha casa baiana - sonhos e desejos de um colecionador, na Galeria de Arte do Sesi
2005 - Curitiba PR - Arte em Metrópolis, na Museu Oscar Niemeyer
2005 - Curitiba PR - Odorico Tavares: a minha casa baiana - sonhos e desejos de um colecionador, no Museu Oscar Niemeyer
2006 - São Paulo SP - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real, no Banco Santander
2006 - São Paulo SP - Pincelada - Pintura e Método: projeções da década de 50, no Instituto Tomie Ohtake
2006 - Recife PE - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real, no Instituto Cultural Banco Real
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real, no Museu de Arte Moderna
2007 - Curitiba PR - Arte no Espaço e no Tempo, no Museu Oscar Niemeyer
2008 - São Paulo SP - Arte Brasil-Japão, no MAC/USP
2008 - São Paulo SP - Laços do Olhar, no Instituto Tomie Ohtake
2008 - São Paulo SP - Nipo-Brasileiros no Acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Pinacoteca do Estado
2008 - São Paulo SP - Panorama dos Panoramas, no Museu de Arte Moderna
2008 - Rio de Janeiro RJ - Nippon - 100 Anos de Integração Brasil-Japão, no Centro Cultural Banco do Brasil
2009 - São Paulo SP - Memorial Revisitado: 20 anos, na Galeria Marta Traba
2009 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções João Sattamini e Mac de Niterói, no Museu de Arte Contemporânea
2010 - São Paulo SP - 6ª sp-arte, na Fundação Biena
2011 - São Paulo SP - 7ª SP-Arte, no Pavilhão da Bienal

Fonte: Itaú Cultural